quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Curiosidades - ANTICORPOS

Os anticorpos que podem acabar com o HIV
Aos 25 anos da descoberta do coquetel contra a Aids, cientistas revelam que três anticorpos pouco conhecidos podem ser a luz para uma vacina de bom desempenho na prevenção da doença
A imagem mostra a estrutura atômica do anticorpo VRC01 (azul e verde) se ligando ao HIV (cinza e vermelho). O local no vírus em que estão conectados (em vermelho) é onde normalmente o HIV se conecta ao CD4.
          O ano de 2010 marca os 25 anos da descoberta de drogas anti-retrovirais e as pesquisas que adviram dela. Na edição da Science desta quinta-feira há um especial sobre HIV/Aids e estudos em busca de uma possível cura. A descoberta de novos e potentes anticorpos talvez seja o principal deles. Um grupo de cientistas acaba de identificar três anticorpos naturais e até então desconhecidos que foram capazes de blindar e neutralizar mais de 90% de uma amostra de HIV-1, que abrange os principais subtipos genéticos do vírus.
Segundos os pesquisadores, estes anticorpos, que são encontrados no soro de muitas pessoas infectadas (ainda que pouco conhecidos pela comunidade científica), podem ajudar na concepção de uma nova vacina. Ela seria capaz de estimular o sistema imunológico a produzir mais destes anticorpos, o que poderia por fim à doença.
Xueling Wu e um time que reúne pesquisadores dos Estados Unidos e da Dinamarca já sabiam que grande parte dos anticorpos neutralizantes são específicos para a proteína do invólucro do HIV. Estes anticorpos normalmente se ligam ao alvo do HIV na superfície dos linfócitos t-CD4, os tipos atacados pelo vírus, e impedem a ação do vírus. Por isso os cientistas quiseram investigar como funcionam esses anticorpos naturais. Eles isolaram os linfócitos B, que os produzem, e identificaram três potentes neutralizadores da ação do HVI-1.
Em um artigo separado, outro grupo de pesquisadores analisou a estrutura cristalina de um desses anticorpos recém-identificados, o VRC01. Eles disseram que o VRC01 imita parcialmente a interação do CD4 com as proteínas do invólucro viral, e que ele se orienta sozinho para se fixar a uma área do vírus. Se o HIV está preso ao VRC01, sua ação sobre o CD4 é bloqueada. Dessa maneira, o anticorpo VRC01 é capaz de neutralizar o vírus e interromper a propagação da doença. Os dois grupos consideram, ainda, que novas descobertas sobre estes anticorpos podem ajudar na criação de uma vacina realmente eficaz contra o HIV.
Mais de 33 milhões de pessoas no mundo são soro positivo para o HIV e pelo menos 2,7 milhões são infectadas todos os anos. Apesar da expansão do tratamento nos países em desenvolvimento, menos de um a cada oito pacientes infectados tem acesso à terapia com anti-retrovirais; e muitos não têm acesso a medidas preventivas que poderiam ajudar a diminuir a propagação da doeno vírus. Entre 18 e 23 de julho, cerca de 20 mil pesquisadores de HIV/AIDS estarão reunidos na capital da Áustria, Viena, para a 18ª Conferência Internacional sobre AIDS, onde terão a oportunidade de encurtar a distância entre cientistas e administradores públicos do mundo todo.

FONTE: REVISTA ÉPOCA

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Aula dia 24/09/2010 - Atuação das Citocinas em Tumores

ATUAÇÃO DAS CITOCINAS EM TUMORES

·         A capacidade de produção de anticorpos monoclonais contra um determinante antigênico especifico levou à grandes expectativas para seu uso disseminado na terapia do câncer. Embora os anticorpos monoclonais sejam instrumentos importantes no diagnóstico de câncer, seu uso na terapia do câncer permanece na campo da investigação. Os experimentos de anticorpos monoclonais não conjugados como terapia citotóxica em geral mostraram-se desapontadores. Os obstáculos têm sido a dificuldade em definir sorologicamente antígenos específicos para os tumores, a modulação antigênica pelas células tumorais e o desenvolvimento de anticorpos humanos anticamundongo. Esforços visando melhorar a eficácia desta abordagem levaram aos experimentos, atualmente em curso, de anticorpos conjugados a fármacos, radioisótopos ou toxinas. Alguns estudos clínicos estão avaliando o uso de anticorpos monoclonais na eliminação de células tumorais presentes na medula óssea coletada antes do transplante autólogo.

·         As interleucinas são citocinas que funcionam predominantemente como mensageiros dos leucócitos. Já foram identificadas pelo menos 17 interleucinas e diversas já se encontram na fase de experimentação clínica, mas apenas a interleucina 2 recombinante é um agente antineoplásico aprovado. A interleucina(IL-2), antes conhecida como fator de crescimento do linfócito T, é um hormônio regulador fundamental na imunidade mediada por células. IL-2 estimula a proliferação e atividade citolítica dos linfócitos T e dos linfócitos NK – destruidores naturais. A terapia com altas doses de IL-2 produz uma resposta em uma minoria de pacientes com melanoma e carcinoma metastático das células renais. Uma pequena porcentagem (5-10%) de pacientes obtêm uma resposta completa, associada a uma longa sobrevida isenta da doença. Contudo, complicações cardiovasculares, em grande parte decorrentes de uma síndrome de extravasamento vascular, podem exigir internação em UTI. Outros efeitos tóxicos, que podem envolver virtualmente órgãos de qualquer sistema (sobretudo a toxicidade renal, hepática, pulmonar, neurológica, hematopoiética e dermatológica), são observadas, mas geralmente são reversíveis. Experimentos em que a terapia é ambulatorial, por meio de doses reduzidas e freqüentemente administradas por infusão contínua, resultaram em menor toxicidade aguda. Não foram ainda definidos a dose e o esquema ideais para o tratamento com IL-2.

·         As outras interleucinas são agentes que permanecem ainda sob investigação para a terapia do câncer. A interleucina 4 é produzida, sobretudo por linfócitos T e mastócitos, e exerce efeitos imuno-hematopoiéticos diversos. Já foram completados vários estudos da fase I/II para IL-4 em uso isolado ou em combinação com IL-2. Embora IL-4 possa ser administrada com segurança, resultando apenas em toxicidade moderada, as baixas porcentagens de resposta tumoral diminuiram o entusiasmo por seu papel definitivo como agente antitumoral. A interleucina 6 é uma citocina pleotrópica, que tem atividade antiproliferativa direta em diversos sistemas de modelos de tumor, além da atividade imuno-hematopoiética que afeta diretamente os linfócitos B, linfócitos T e megacariócitos. Foram iniciados experimentos clínicos para a avaliação de IL-6 como agente antitumoral, e como agente trombopoiético.  A interleucina 12 estimula as funções dos linfócitos T e dos linfócitos NK. Já foram efetivados experimentos na fase I para IL-2 em pacientes com câncer e AIDS, e estudos clínicos complementares estão atualmente em andamento.

·         O fator de necrose tumoral (FNT) é fundamental na resposta inflamatória. A administração de FNT gera impressionantes respostas antitumorais em modelos animais. Contudo, toxicidade elevada em humanos após a administração sistêmica, em combinação com baixas taxas de respostas do tumor, limitaram o seu uso clínico. O uso de FNT para terapia local e regional, por exemplo, na perfusão de membro isolado, está em investigação.

 
Imunoterapia com Células Tumorais Transfectadas com genes de Citocinas.
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3tQeMPrBdWDQDIopNgY9CzgqLqgb3VUd7GEuUJQ098z918_f9x_VxrFzttI_ohLt1T-Gnkb937qGPeS-Kp3r5Ud4U53JquA9fmlUgUaGZsJIvPOy_bLq_oJVq9LjdnHQgYNR3zMYfqNwk/s1600/Tabela+1.png



Atuação da Heparina sobre a progressão tumoral.
Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/jbpneu/v34n5/a11fig04.gif





Referência Bibliografica:
ABBAS, A. K.; LICHLMAN, A. H.; PILLAI, Shiv. Imunologia: celular e molecular. Rio de Janeiro. Ed.  Elsevier, 6ª ed. 2008.

MARINHO,Felipe Costa de Andrade; TAKAGAKI, Teresa Yae. Hipercoagulabilidade e câncer de pulmão. Disponível em: http://www.scielo.br/img/revistas/jbpneu/v34n5/a11fig04.gif Acesso em 25/09/2010 as  12:54h.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Resumo aula 24/09/2010 CITOCINAS

CITOCINAS
ü  São proteínas produzidaS por células do Sistema Imune.
ü  Atuam estimulando ou inibindo o crescimento, diferenciação e ativação das células do Sistema Imune.

ü   Suas ações podem ser:
o   Autócrina: citocina atua na própria célula que a produziu;
o   Parácrina: citocina atua em uma célula próxima da que a produziu;
o   Endócrina: a citocina é lançanda na corrente sanguínea, com atuação em células distantes daquelas que a produziu.
As ações  Autócrina e a Parácrina possuem ação local e a Endócrina possui ação sistêmica (geral) .

ü  Propriedades:
o   Pleiotropismo
Quando uma citocina tem diferentes ações em diferentes tipos celulares.



        o   Redundância
                 Quando diferentes citocinas possuem um mesmo efeito sobre determinado tipo celular.



o   Sinergia
Quando duas ou mais citocinas agem em conjunto para induzir determinada função nas células.


o   Antagonismo
Quando duas ou mais citocinas possuem efeitos contrários entre si em determinado tipo celular.


ü  Exemplo: 
    1.  IFN-γ (Interferon gama) e INF (Fator de necrose tumoral) - aumenta a expressão do MHC. Ação de Sinergismo, pois ambas as citocinas atuam juntas para potencializar a ação.
    2.   IL-2 (Interleucina) e IL-4 - Células B (Linfócitos B) - proliferação. Ação de Redundância, pois ambas apresentam a mesma ação.
   3. INF - γ ativa o macrófago e a IL-10 inibe o macrófago. Ação de Antagonismo, pois apresentam efeitos contrários.
   4.  IL-4 - Age na célulass B e T. Ação Pleiotropica, pois possui efeitos multiplos sobre mais de um tipo celular.

COMPARAÇÃO
CITOCINA DA IMUNIDADE INATA X IMUNIDADE ADQUIRIDA


CITOCINAS DA IMUNIDADE NATURA
- Células produtoras: Macrofágos e NK;
Macrófago e Células NK
- Atuação nos processos inflamatórios;
- Exemplo: TNF, IL-1, quimiocinas, IL-12, IL-10. 
Exemplo da Imunidade Natural.
Fonte:


CITOCINAS DA IMUNIDADE ADQUIRIDA
- Células produtoras: linfócitos T;
Linfócito T

- Atuação: crescimento e ativação dos linfócitos;
- Exemplo: IL-2, IL-4, IL-5, IFN-Gama.

Exemplo Imunidade Adquirida
Fonte:




 

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Resumo aula 17/09/2010 - Sistema Complemento


                                          SISTEMA COMPLEMENTO                                     

O sistema complemento (SC) corresponde a um conjunto de cerca de 20 proteínas plasmáticas e de membrana que participam da imunidade inata contra microrganismos (defesa do hospedeiro), além de auxiliar na imunidade humoral (lesão tecidual mediada por anticorpo). Esse complexo sistema está envolvido na resposta imune e no processo inflamatório pela geração de fragmentos que promovem quimiotaxia das células inflamatórias, aumento da fagocitose por neutrófilos e macrófagos, participação na ativação de células B e T e remoção de imunocomplexos (IC) circulantes e de células apoptóticas.

VIAS DE ATIVAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO:
A ativação sistema complemento ocorre rapidamente após influência de um estímulo específico, seguindo uma cascata de auto-amplificação. As três vias principais de ativação: a clássica, a alternativa e a da lectina. A via clássica é ativada quando anticorpos IgG ou IgM se ligam a antígenos (vírus, bactérias ou auto-antígenos) formando ICs, fazendo parte da resposta imune específica. A via alternativa corresponde a um sistema mais primitivo, que não requer a presença de anticorpos específicos, sendo ativada a partir da hidrólise espontânea do terceiro componente do complemento (C3) e sua deposição na superfície do microrganismo. A terceira via é composta pela lectina ligadora de manose (LLM), uma proteína da família das lectinas dependentes de cálcio,que tem estrutura homóloga a C1q. Essa via é ativada quando a lectina se liga ao terminal manose existente em diferentes grupos de bactérias. Embora o estímulo inicial de ativação e os componentes envolvidos sejam diferentes, todas as vias têm um objetivo central que é a ativação do C3. A ativação da via clássica do complemento, através de C1q, C4 e C2, e a da via alternativa, através do C3 e dos fatores B e D, acarretam a clivagem e a ativação de C3. O fragmento de proteína C3b, parte do C3, é necessário para a ativação dos componentes terminais do sistema complemento (C5 a C9). Estes formam o complexo de ataque à membrana (MAC) que, quando inseridos dentro das membranas celulares, formam poros levando à lise celular.


Vias do Sistema Complemento
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVnr1maVoS1WxO2yJ-AdTM24FMgy8kro68WarCwY1q5H6OX7L24-p8wQ5bDzTt0HVFb0khVHCdBaleaI7v0I4WTCN7aBxNnzYlY6H_SIyEk81YUm3fTEYrIcYprYLtZW2JaYyTXPw1p88/s1600/t6_19045500.jpg


ETAPAS DA VIA CLÁSSICA: A fase de ligação é iniciada quando o C1q do complexo C1 se liga à porção Fc de um anticorpo do tipo IgG ou IgM. Este complexo é composto de uma sub unidade de C1q, associada a duas moléculas de C1r e duas de C1s por ligações dependentes de cálcio. As esterases C1r e C1s são necessárias para a fase de ativação.O C1s cliva (quebra) C4 e C2. As moléculas ativadas de C4 e C2 se agrupam próximo ao sítio em que o anticorpo está ligado. Os fragmentos maiores do C4 (C4b) e do C2 (C2a) formam o complexo chamado C3 convertase (C4b2a). Cada molécula de C1 ativada gera muitos fragmentosde C4b e C2a. A maioria dos fragmentos do C4b serve como opsoninas e o restante para a formação da C3 convertase. Cada C3 convertase gera muitas moléculas de C3 ativadas (C3b), fase de amplificação, que quando depositadas no alvo servem como opsoninas,enquanto outras irão formar a C5 convertase (C4b2a3b). Esta cliva C5 levando a formação do complexo de ataque à membrana, composto de C5b, 6,7,8 e 9. A formação do MAC determina lise osmótica da célula e consiste em uma interação proteína-proteína, não requerendo clivagens proteolíticas. A ativação de C5 também libera uma potente anafilatoxina, o C5a.

Etapas da Via Clássica
Fonte: http://epidemiologiamolecular.com/wp-content/uploads/2009/02/clip-image0201.gif


ETAPAS DA VIA ALTERNATIVA: É a via mais antiga da imunidade inata, que precede a imunidade adaptativa, não necessitando de um contato prévio com microrganismo para sua ativação. Funciona como um sistema imune primitivo, capaz de reconhecer e eliminar agentes infectantes. A ativação dessa via ocorre quando uma pequena quantidade de C3 plasmático é hidrolisado espontaneamente,originando o fragmento C3b. Este, após alteração estrutural, liga-se a uma serina protease, denominada fator B. A clivagemdo fator B pelo fator D origina o fragmento Bb, que juntamente com o C3b origina a C3 convertase da via alternativa, a qual é estabilizada pela properdina (C3bBbP). Esse complexo promove mais clivagem de C3, alça de amplificação, resultando em deposição de grandes quantidades de C3b no alvo. Parte do C3b formado irá agrupar-se ao complexo C3bBb,originando a C5 convertase (C3bBbC3bP). O restante do processo de ativação é similar ao da via clássica.

Etapas da Via Alternativa
Fonte: http://epidemiologiamolecular.com/wp-content/uploads/2009/02/clip-image026.gif


ETAPAS DA VIA LECTINA: Essa via é iniciada por proteínas plasmáticas denominadas lectinas ligadoras de manose (LLM), que são membros da família das lectinas dependentes de cálcio,as colectinas, com similaridades estrutural e funcional com C1q. Essas proteínas reconhecem porções específicas de carboidrato (manose) presentes na superfíciede alguns patógenos. A LLM pertence à mesma família de proteínas do C1q, entretanto, enquanto o C1q tem um domínio que se liga ao Fc das imunoglobulinas, a lectina reconhece carboidratos. Essa ligação leva à ativação de serinas proteases associadas à manose, que correspondem a C1r e C1s, com subseqüente clivagem de C4 e C2. O restante do processo de ativação é similar ao da via clássica.






Etapa da Via da Lectina
Fonte: http://epidemiologiamolecular.com/wp-content/uploads/2009/02/clip-image030.gif

domingo, 12 de setembro de 2010

MÉTODOS LABORATORIAIS UTILIZANDO ANTICORPOS

Métodos Laboratoriais que Utilizam Anticorpos

1. INTRODUÇÃO

1.1- Principais características das Respostas Imunes Adquiridas:


*Especificidade;

*Diversidade;

*Memória;

*Especialização;

*Autolimitação;

*Não reatividade ao próprio;

Especificidade – conferida por duas moléculas principais:
- TCR – presente na membrana de linfócitos;
- Anticorpos – produzidos por linfócitos B, presentes na membrana de linfócitos B e na forma secretada, solubilizados em diversos fluidos corporais.
     Principais isotipos de anticorpos

     *IgM;
     *IgG;
     *IgA;
     *IgE;
     *IgD.

1.2. Principais características dos Ensaios que utilizam Anticorpos:
*Especificidade: Característica que indica que o teste em questão identificará somente o antígeno ou o anticorpo desejado.

*Quanto MAIOR a especificidade, MENOR a ocorrência de resultados falsos-positivos, MENOR a ocorrência de reações cruzadas.

*Dependente do tipo de anticorpo e antígeno empregado no teste, e do sistema de detecção da interação Ag-Ac.

*Sensibilidade: Característica inerente ao método estreitamente relacionada com a quantidade mínima de antígeno ou anticorpo que poderá ser detectada

*Estreitamente ligada ao sistema de amplificação e detecção da interação Ag-Ac.

*Métodos enzimáticos, radioativos, fluorescentes, quimioluminescentes.


1.3. Fatores a serem analisados na escolha do método:
*Sensibilidade;

*Especificidade (confiabilidade de resultados);

*Custo;

*Disponibilidade de material;

*Segurança;

*Aplicabilidade à amostra disponível, Ag/Ac a ser detectado e espécie animal a ser analisada;

*Tempo de realização do método.



1.4. Aplicações dos métodos:
*Identificação e/ou quantificação de moléculas específicas em fluidos biológicos;

*Purificação de proteínas;

*Diagnóstico de doenças auto-imunes, infecciosas e hipersensibilidades;

*Identificação de genes e seus produtos;

*Localização de moléculas específicas em células e tecidos.


2. PRINCIPAIS MÉTODOS LABORATORIAIS

2.1. - Imunoaglutinação/Imunoprecipitação: Primeiros testes a serem desenvolvidos:
*Realizados em meio líquido;

*Exigem alta quantidade de Ac/Ag para sua realização – Baixa Especificidade;

*Não possuem metodologias eficazes para a detecção da interação Ag/Ac – Baixa Sensibilidade.


2.2- Imunodifusão: Interação Ag/Ac realizada em meio sólido (gél de ágar).

Diversos tipos:
*Imunodifusão Radial Simples - Ag ou Ac imobilizado no gel – Migração do Ag ou Ac da solução teste no gel, até atingir região de concentração equivalente;


*Imunodifusão Dupla e Outcherlony – Ambos Ag e Ac migram no gel, formação de banda na região de equivalência.


*Vantagens – Método de fácil execução, tempo curto de realização, baixo custo, não necessita de aparato sofisticado.

*Desvantagens – Baixa sensibilidade, especificidade, difícil preservação do gel, não aplicável a alguns isotipos de imunoglobulinas. Pouco utilizado atualmente como ferramenta de imunodiagnóstico. Empregado como controle em produção de policlonais.

2.3.Hemoaglutinação
– Utiliza hemácias sensibilizadas com Ags na membrana, que formam complexos de alto peso molecular quando incubadas com Acs específicos para os antígenos.
- Permite maior diluição da solução teste que a Imunodifusão. Forma complexos mais pesados, que precipitam com maior velocidade e facilidade: Melhoria da detecção da interação entre Ag-Ac;
- Variações no método: Inibição da Hemoaglutinação.
- Vantagens: Método simples, de fácil execução, baixo custo, rápido;
- Desvantagens: Baixa sensibilidade e especificidade, devido a mal armazenamento das hemácias, pode-se obter resultados falso-negativos.



2.6- Imunofluorescência / Imunohistoquímica
- Utilizados para detecção e localização de antígenos em células e tecidos e para detecção de anticorpos específicos em fluidos biológicos.
-  Métodos de alta especificidade e alta especificidade
- Utilização de anticorpos conjugados com substâncias fluorescentes (FITC, FAC) na IFA, e de anticorpos conjugados com enzimas (Imunohistoquímica).












-          Vantagens: Alta especificidade e sensibilidade; possibilidade de detecção de proteínas intracelulares e de sua localização, bem como do tráfico intracelular.
-          Desvantagens: “variação individual” na leitura de resultados de IFA; alto custo de microscópio de fluorescência; técnicas especiais de fixação e inclusão de tecidos para Imunohistoquímica nem sempre disponíveis.

2.7- Western-Blot
-  Associação de técnica de Eletroforese em Gel de SDS-PAGE com técnicas imunológicas
-           Permite a identificação do reconhecimento de antígenos com peso molecular definido
-           Identificação de anticorpos que reconhecem determinado antígeno em solução contendo diversos antígenos
-           Permite a realização de cinética de expressão de proteínas celulares.




































-          Vantagens: alta sensibilidade e especificidade; reconhecimento de antígenos individuais em um extrato; realização de perfil de reconhecimento de antígenos e determinação de proteínas imunodominantes;
-           Desvantagens: Custo médio a alto; procedimento longo e propenso a erros em diversos pontos; dependendo do sistema de revelação, pode-se ter problemas de segurança.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Resumo aula 03/09/2010 - Complexo Principal de Histocompatibilidade - CPH ou MHC

Complexo Principal de Histocompatibilidade - CPH ou MHC

* Lócus com genes mais polimórfico que codificam proteínas:

• Moléculas do MHC classe I: Apresentam antígenos protéicos dos linfócitos TCD8+. Ocorre em todas a células nucleadas. Geralmente em antígenos que apresentam de 8 a 11 aminoácidos, ou seja, são proteínas menores;

• Moléculas do MHC classe II: Apresentam antígenos protéicos dos linfócitos TCD4+. Ocorre em células apresentadoras (APCs), como células dendríticas e macrófagos. Geralmente em antígenos com maiores números de aminoácidos, de 10 a 30 aminoácidos.



 
* MHC em humanos: HLA = Antígeno (Ag) leucocitário humano: está relacionadoa histocompatibilidade e transplantes.


Processamento de Antígenos protéico para apresentação associada ao MHC classe I

1-Produção de proteínas citosólicas: podem ser produtos de vírus, ou micro-organismos intracelulares que invadem a célula.

2-Degradação proteolítica: ocorre no proteassoma (complexo enzimático), ubiquitinação (ligação de ubiquitinas a proteína para guiá-la ao proteossoma).

3-Transporte para o Retículo Endoplasmático: No RE são sintetizadas as MHC I, para em seguida os peptídeos (Ag) irem ao encontro deles (MHC).

4-Associação do MHC ao Peptídeo (Ag).


5-Expressão: o complexo peptídeo (Ag)-MHC I são revestidos por vesícula exocítica no complexo de Golgi e são transportados à superfície da célula.




Processamento de Antígenos protéico para apresentação associada ao MHC classe II


1- Interiorização: Antígenos protéicos são capturados por células apresentadoras (APCs).

2- Processamento: Ocorre nos lisossomos e endossomos (enzimas que degradam proteínas).

3- Biossíntese no RE de MHC II.

4- MHC classe II são ligadas a proteína invariante (Ii) que impede a ligação dos peptídeos presentes no RE. A proteína Ii direciona as MHC II para endossomos e lisossomos que contém Ag processado.

5- Associação do peptídeo - MHC II.

6- Expressão do complexo peptídeo - MHC II na superfície celular das células apresentadoras para reconhecimento do linfócito TCD4+.